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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Fábula do Porco-espinho

A amizade é uma benevolência recíproca que torna os seres humanos igualmente cuidadosos uns dos outros. (Platão)
Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram...
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades.
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Recentemente recebi esta fábula, que já conhecia de muitos anos atrás. Ouvi-a, pela primeira vez, numa aula da mocidade de nossa Escola Jesus Cristo, em que a minha memória já não registra mais o amigo que a recordou. Porém, desde esse dia nunca mais a esqueci, pois ela nos fala de forma encantadora do sagrado valor da AMIZADE. Algo que sempre tive como uma das coisas mais preciosas da vida. Por isso concordo com Aristóteles quando ele diz: "O que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos."
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(Fotos – desconheço autor)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Respeito à Vida

"Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras,
E preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã e mãe Terra,
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas."
(São Francisco de Assis)
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No Abraço da Terra

Quando o índio se inclina para a Terra, ele ouve uma voz suave, como a melodia do canto com que uma mãe acalenta o seu filho. E se o pudesses ver nesse momento, vê-lo-ias sorrir qual criancinha.
Enquanto coloca as sementes nas covas, sua mão acaricia a Terra e seu olhar enche-se de ternura.
Depois o índio vai e deita-se para repousar no chão, que é para ele como o colo da mulher amada.
O amor nas noites do índio a dormir abraçado com a Terra, envolvido com o ar e coberto com as estrelas do céu, é uma coisa que só ele conhece e não a conta a ninguém.
É assim com muitas coisas que existem só para ele. Se não as tivesse, que teria ele ainda? Pensa nisto como queiras, mas se quiseres saber dele alguma coisa, empenha-te por descobri-la e não lhe faças perguntas.

(Antonio Medíz Bolio )

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A ética consiste, pois, em que eu sinta a necessidade de ter o mesmo respeito para com toda vontade de viver que com a minha própria. Com isto nos é dado o necessário princípio básico para que possamos imaginar a ética. Bom é o que preserva e favorece a vida; mau é o que destrói e impede a vida.

(...) O homem só é verdadeiramente ético quando obedece à necessidade de ajudar a toda vida a que pode ajudar, e que se envergonha de causar dano a todo e a qualquer ser vivo. Ele não se pergunta até onde esta ou aquela vida tem valor para merecer participação, nem se, ou até onde, ela ainda é capaz de sentir. Para ele a vida em si é santa. Não arranca nenhuma folha das árvores, não quebra uma flor, e toma cuidado para não pisar em nenhum inseto.

A ética é a responsabilidade por tudo quanto vive, estendida além de todos os limites. Definir ética como o comportamento que visa o respeito diante da vida nos parece, em sua generalidade, uma definição fria. Mas esta é a única definição completa. A compaixão é por demais restrita para que a consideremos como a essência da ética. Pois compaixão designa somente o participar na vontade de viver de quem está sofrendo. Mas faz parte da ética compartilhar de todas as situações e de todas as aspirações da vontade de viver, de seu prazer, de seu desejo de viver plenamente, como igualmente de seu impulso para a perfeição.

(Albert Schweitzer)

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Longe da natureza.
o coração do homem se endurece.
Falta de atenção
para o que cresce e vive
também leva logo
à falta de atenção
para com as pessoas.
(Lame Deer)

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(Imagem - desconheço autor)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Eles Vivem

"Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? A morte foi tragada pela VIDA."

(I Cor 15:55)

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"Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
Eles não morreram. Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo.
Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus. Eles sabem igualmente quanto dói a separação. Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura.
Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor. Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxungando-te as lágrimas quando tateias a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque.
Pensa neles com a saudade convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida.
Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias. Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária. Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material.
Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro do Novo Despertar."
Emmanuel
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"A crença na Vida Superior é atividade da ALMA."
"A ideia da morte não serve para aliviar, curar ou edificar verdadeiramente. É necessário difundir a ideia da vida vitoriosa. Aliás, o Evangelho já nos ensina, há muitos séculos, que Deus não é Deus de mortos, e, sim, o Pai das criaturas que vivem para sempre."
Aniceto
(Livro: "Os Mensageiros")
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